caminha, caminhando, poetando, vivendo como Deus me permite viver. É assim que vou. É desse jeito que sou. E aqui vão: notícias mensagens, poesias, crônicas, artigos, enfim, tudo que gosto e sou, parte dos caminhos que este caminhante procura seguir. Apenas isto!

domingo, 25 de outubro de 2009

Coluna do Caminha

Prezados Amigos Leitores,

Depois de um tempo em hibernação passo a publicar novamente minha coluna que também estará à disposição no site PressFloripa no endereço http://www.pressfloripa.com.br/colunistas_noticias.php?col_id=29


Oktoberfest, outra vez!


Mais um ano de sucesso e recordes. Mais um ano da estéril discussão: qual será o futuro da Oktoberfest? É hora de mudar o discurso. A Oktoberfest é uma realidade, como a de Munique. Aos inteligentes cabe discutir formas de torná-la sempre mais atrativa e ponto de incremento ao desenvolvimento de Blumenau e Região. Um projeto de inclusão social, por exemplo, seria uma ótima pauta. Porque não usar parte do dinheiro arrecadado na construção de moradias populares, por exemplo? Ou, quem sabe, a cobrança de uma taxa nas contas de Hotéis, Restaurantes e comércio que permitisse mais bancos escolares, bolsas de estudo, preservação ambiental e por aí afora? Tá aí um assunto para a discussão na Câmara de Vereadores. Exemplos já existem.

Roubo

Mais um assalto ao bolso do contribuinte. Desde 2002, as distribuidoras de energia elétrica vem cobrando a mais nas contas. O rombo é de R$1 bi ao ano. Desde 2002 cerca de R$ 7 bilhões. Segundo a Folha de São Paulo “O governo sabe há dois anos, mas não fez nada para resolver”. São 63 distribuidoras no país que detém 63 milhões de ligações. Todos os consumidores regulares pagam o butim.

Pior

Conforme apurou a Folha o erro refere-se ao reajuste tarifário de 2002. De lá para cá se repete ano a ano o que permite o embolso indevido de dinheiro dos consumidores. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), responsável pelos cálculos, admite que o erro existe, mas diz que não pode exigir ressarcimento.
"[Ficar com o dinheiro] é eticamente discutível, mas isso que as distribuidoras estão fazendo é o que legalmente está constituído. Nós temos plena certeza que esse é um dinheiro que não pertence à distribuidora", diz David Antunes Lima, superintendente de regulação econômica da Aneel.

Sujeira

É criminoso o desleixo do brasileiro com o meio ambiente. O lixo que produz é jogado em qualquer canto. Cada um suja um pouco e chafurda na sujeira dos outros. Não têm qualquer compromisso com a comunidade e o meio ambiente. Questão cultural.

Parque Nacional

Foi isto o que pude ver em recente visita ao Parque Nacional de São Joaquim. Em meio à pinheiros centenários, rios caudalosos, cascatas magníficas, fazendas fantásticas, plantações de maçã, cereja, kiwi, uva, entre outras, lá estava, soberano, o lixo do turista e do habitante da região. Sacolas plásticas, copos descartáveis, pedaços de móveis e eletrodomésticos, latinhas de alumínio, garrafas. Um futuro Tietê em meio à natureza.

Bate e volta

Nascem, no Parque, onze rios. A maioria leva suas águas para oeste, em direção ao Rio Uruguai e depois ao Paraná e Rio da Prata. Lá embaixo, entre o Uruguai e Argentina chegam ao Atlântico. A piada de mau gosto: o lixo jogado ali vai sujar a Argentina. Mas as correntes o trazem de volta à costa brasileira. Sem contar o lixo que fica lá mesmo, no Parque. É como sujar no prato que se come.

LHS em alta

De dois tradicionais políticos da serra catarinense: “Nunca nenhum governador fez tanto, por São Joaquim e região, quanto Luiz Henrique da Silveira”.

Aliança

Enquanto o Governador se esforça para manter a tríplice aliança (PMDB, PSDB, DEM) lideranças da própria base – especialmente do PMDB – fazem o contrário. Apostam na candidata do PT, Senadora Ideli Salvatti. Querem romper a tríplice aliança e afinar o PMDB estadual com o nacional. Uma das figuras de proa nesta costura é o atual Prefeito de Bom Jardim da Serra, ex-deputado Rivaldo Maccari.

Mau negócio

Segundo uma fonte próxima à Casa d’Agronômica o PMDB nacional sofre a pior crise de identidade de sua história. Culpa do fisiologismo de Sarney, Renan, e outros. Um entrave para uma aliança com o PT no Estado. Além disso, LHS tem queixas do PT que sempre se comportou como oposição, com feroz animosidade e crítica a seu governo.

Agradece

A Senadora agradece as costuras. Afinal, sua expressiva votação para o Senado precisa apenas de um empurrãzinho para chegar ao Palácio. Este pequeno gesto viria do PMDB, com as devidas contrapartidas, lógico!!! Torce, pelo menos, para que o partido libere seus líderes regionais para apoiar quem queiram. Não seria novidade.

Palanque

Nem a queda do palanque foi capaz de afastar o governador interino Deputado Jorginho Melo/PSDB de sua extensa Agenda. Com desenvoltura Jorginho mostrou que tem todos os cacoetes para o cargo. Candidato? Jura que a Deputado Federal. Pra Governador, vai com o atual Vice Leonel Pavan/PSDB, com a tríplice aliança, afirma.


Apostas em Blumenau

Se depender do PMDB, Marcelino Campos será eleito deputado federal com o apoio dos CDLs. Décio Lima é bem cotado para re-eleição. Para Estadual, Gilmar Knaesel/PSDB é aposta exata, mas espera-se que Blumenau faça pelo menos mais um deputado estadual. Despontam 3 nomes: Giancarlo Tomellin/PSDB, Jean Kuhlmann e Ismael dos Santos, ambos do DEM. Ainda corre para re-eleição a deputada Ana Paula Lima. Convenhamos, é muito deputado para o mesmo espaço. No atual momento, empossados os suplentes, os quatro últimos têm cadeira no Legislativo Catarinense.


Resgate Histórico



Blumenau,

Rua 15 de Novembro,
altura de sua conexão com a atual Rua Itajaí.

Início do Século XX.










Bom Jardim da Serra,

Serra do Doze (atual Rio do Rastro),
Antes de sua pavimentação
Década de 1970/80.









No podium


O governador Luiz Henrique da Silveira pela atenção dispensada à cultura em nosso Estado e pelas ações em prol do desenvolvimento da Região Serrana no Planalto Central de Santa Catarina.

Na guilhotina

As distribuidoras de energia elétrica que, à sorrelfa, associam-se àqueles que vivem de vilipendiar o povo brasileiro.

Luiz Eduardo Caminha - MTb-SC 2966
Floripa, Distrito de Ratonas, 19.10.2009

O Rio das Olimpíadas

Um Rio Olímpico

2009, 02 de Outubro. O Rio será sede das Olimpíadas de 2016, a primeira da América do Sul. Escolha histórica e merecida.

1992, Olimpíadas de Barcelona. Desde a escolha, o Prefeito determina: a Olimpíada será o estopim de modernização da cidade numa urbe digna de seus cidadãos. Um projeto de inclusão. A área do porto, decaída pelo meretrício e criminalidade, transforma-se numa moderna Vila Olímpica. Os problemas foram encarados visando o pós-olimpíada. A cidade carrancuda torna-se uma alegre porta do Mediterrâneo. Barcelona renasceu para os barcelonetas. Acordou para o mundo.

1992. ECO-92. O mundo se volta para o conflituoso Rio de Janeiro. Ecologistas e celebridades políticas da Terra no Brasil. A cidade se prepara. Melhor: o aparato do Estado se prepara. Como? Com um projeto de exclusão. Dos pobres, dos marginalizados, das favelas. Uma cidade das celebridades foi isolada dum outro Rio. Um cinturão de soldados, armados até os dentes, isolava o problema de segurança, da cidade dos problemas: o Rio dos guetos, da criminalidade.

Rio 1997. Jogos Panamericanos. Novos sonhos, velhas promessas: urbanização, obras faraônicas, Vila Olímpica pensada para uma futura Olimpíada. Tudo como o cidadão espera. No que deu? Jogos, nota 10. Aparato Olímpico nota 100. Cerimoniais nota 1000. Urbe: nota zero. Projetos sociais, inclassificáveis. Mudanças de orçamento, desvios de recursos, corrupção. A história se repete. Novamente a exclusão. Exército nas ruas.

Sou a favor dos Jogos e do Rio - quem não seria? Mas espero que a Olimpíada traga alento aos cariocas. De atributos naturais extraordinários, dum povo alegre de uma amabilidade incomum, o Rio não pode mais se curvar aos paroxismos dos marginais e à negligência das autoridades. Que os Jogos sejam um marco de renascimento da outrora Maravilhosa Cidade, orgulho nacional. Mas que não ocorra de se marginalizar o ser humano. O projeto não pode se resumir a uma passarela de vaidades. Nem, tampouco, um manjar de corrupção. Todos querem ver a Cidade Maravilhosa transformada num Olimpo brasileiro, um panteão de glórias.

Que prevaleça o bom senso. Salve-se o Rio de suas mazelas e construa-se uma urbe digna para sua gente. Uma cidade que vive aos pés do Cristo Redentor não pode conviver com o paradoxo demoníaco dos contrastes mais inumanos existentes no mundo. A fome, a miséria, a criminalidade, a corrupção, o roubo, não combinam com o espírito do carioca, muito menos com os ensinamentos do Mestre. Que se volte a cantar: foi um Rio que passou em minha vida....

Luiz Eduardo Caminha

Floripa, Distrito de Ratones, 05.10.2009

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Um inquieto poema

Inquietudes

Seria acaso
Azul,
A cor “escarlate”
Que corre, veias adentro,
A nobreza?
Oh! Nobre amada?

E ao se lhe ferir
O coração,
Seria sem cor
A cor do sentimento
Que lhe domina
A frigidez de seus atos?

Acaso se reveste
De rubro carmim
A vio(lácea)lenta paixão,
Quando se lhes é dado
Apaixonar-se?
Apaixonas-te tu, oh! Mulher?

Qual nada, dirão!
Nobres não tem sentimento
Apaixonam-se tampouco.
Pálida é, portanto,
A tez de seu coração.

Pálido também o é,
O sangue que lhe corre
As veias;
Esquálida,
A vida que é
Seu dia a dia.

Até que a morte
Lúgubre sombra esguia,
Na negritude da noite,
Sem lua,
Leve-a daqui.

Entrega-te
Oh! Nobilíssima amada
Ou assim será...

Luiz Eduardo Caminha
Distrito de Ratones, Floripa, 08.10.2009