caminha, caminhando, poetando, vivendo como Deus me permite viver. É assim que vou. É desse jeito que sou. E aqui vão: notícias mensagens, poesias, crônicas, artigos, enfim, tudo que gosto e sou, parte dos caminhos que este caminhante procura seguir. Apenas isto!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Reflexões poéticas ou nada poéticas sobre o Inverno

Inverno 1



Cruel,

Sisudo,

Padrasto.



De mim?



Carrancudo,

Casmurro,

Sofrido.



Teu corpo?



Se amolda,

Me aquece,

Me envolve,

Me cobre.



Só tu,

Mulher,

Podes ser

Meu Sol!




Inverno 2




Frio intenso.



Na estepe

De minha mente

Nada cresce.



Nem mesmo

Um poema -

Que me aquece –

Que me aqueça!!!




Porventura...



Inverno?

Não rima

Com estéril?



Deveria!



É isto

Qu’ele faz:



Até a mente

Tolda,

Congela,

Nada produz!





Mínimo



Tu és,

Mulher,

No

Inverno,

Meu

Sol.

Meu

Verão.





Amenidades



Coisas boas do Inverno:

Uma cama bem quentinha,

Um ar quente no máximo,

Um café de pelar a boca

...



Só prá continuar

Debaixo dos cobertores.



Nada disto é melhor

Que a areia leito de uma praia,

Um Sol de verão,

Uma água de coco bem gelada,

De doer os dentes.

...



Quem gosta de frio e neve

É pinguim, urso polar e esquimó!





Lua invernal



Até a lua,

Amante dos boêmios,

Companheira dos notívagos,

Se acoberta;

Agasalha-se de nuvens,

Névoa,

Neblina;

Esconde-se

Do frio gelado.

Mas está lá!

Pronta, à espera,

O poeta sabe.




Antípodas



Lareira,

Vinho tinto,

Fondue

...

Pra passar o frio.



De minha parte,

Prefiro:



Sol,

Cerveja gelada

(ou água pura),

E... churrasco.



Mais alegre,

Minha praia.



Luiz Eduardo Caminha,

Distrito (In)dependente de Ratones – Floripa, 18.06.2010