caminha, caminhando, poetando, vivendo como Deus me permite viver. É assim que vou. É desse jeito que sou. E aqui vão: notícias mensagens, poesias, crônicas, artigos, enfim, tudo que gosto e sou, parte dos caminhos que este caminhante procura seguir. Apenas isto!

domingo, 17 de agosto de 2008

A Chave de Ouro

Pode parecer, meus amigos, que esteja um pouquinho longa. Quase duas laudas. É muito? Mas foi o espaço mínimo que consegui para resumir tudo - ou quase tudo - do que penso ser a presença de Deus em cada um de nós. Espero que gostem e postem seus comentáris. Se não gostarem, sem problemas, podem também postar sua crítica.

Que Deus abençoe a todos.

A Chave de Ouro

O Livro Sagrado ao descrever a criação do homem o faz desta forma : “E então Deus criou o homem, a sua imagem e semelhança, homem e mulher os criou, à imagem de Deus os criou”.
Ao tentarmos enveredar pelos magníficos campos que a interpretação pode dar a este momento impar da Criação, uma coisa fica clara: o homem foi criado para viver em plenitude, semelhantemente a seu Criador.
Deus é pleno, é harmonia, amor, equilíbrio, infinito, o bem. Por mais que tentemos, não existem palavra,s em dicionário algum, em qualquer língua, que consiga expressar a concepção de Deus. Nossa mente não consegue dimensionar este ser. Talvez a melhor expressão para definir Deus seja “Deus é tudo e o todo”. O homem é finito e não consegue mensurar o infinito, o absoluto. Entretanto, isto tem pouca importância. O que importa mesmo é sabermos a essência do porquê e para o que fomos criados. Ora, se fomos criados à imagem e semelhança de um ser pleno foi para isto que fomos criados.
Na verdade, este desejo, esta vontade do Criador, está impregnada em nós mesmos. Como uma sementinha esperando o momento de desabrochar, dentro de nós, a árvore que dá sentido à vida. Como uma marca, uma assinatura que o artista faz ao terminar sua obra. Dentro de cada um de nós há uma espécie de memória, um pequeno “chip” que tem armazenado esta noção do absoluto, de Deus. Uma matriz situada em alguma gaveta do subconsciente, onde está impresso que fomos criados para o bem, para a felicidade, para vivermos em paz, em harmonia, em equilíbrio, no amor.
O que precisamos, e aí está o grande segredo de quem consegue, é descobrirmos o nosso programa, o “software” que abre este “chip”, libera esta matriz e nos põe as condições para buscarmos estes paradigmas.
O próprio Jesus Cristo, quando esteve em nosso meio apontou este programa, nos capítulos 5, 6 e 7 do Evangelho de São Mateus - que nos reportam a uma síntese de todos os ensinamentos do Mestre. O Sermão da Montanha.
Faça uma experiência. Pegue a sua Bíblia, o seu Novo Testamento e procure ler pausadamente, refletindo, meditando sobre cada versículo. Faça isto com sua família. Você vai ter uma agradável surpresa. Só para lembrar Evangelho de São Mateus, capítulos 5 , 6 e 7.
Neste sermão Cristo dá a receita para começarmos a busca por uma vida feliz. Falando a seus seguidores Jesus pergunta ; “Qual dos mandamentos vos parece ser o maior? Um dos presentes respondeu “O maior dos mandamentos é amar a Deus sobre todas as coisas” Mas há um segundo mandamento, disse Jesus, que é tão grande como este “Ama o próximo como se fosse a ti mesmo” e segue, entre tantos ensinamentos, dizendo. “Eu não vim para tirar um jota ou um traço da lei . Eu só vim para subrogá-la”. Há que se dizer, a letra jota é a menor do alfabeto hebraico, a língua do povo escolhido por Deus, os hebreus, para quem o Mestre ensinava.
Mas, é no versículo 12, do capítulo 7, que Cristo revela o segredo, Chave de Ouro, que abrirá aquela gaveta do subconsciente e liberará a matriz que nos faz “imagem e semelhança de Deus” – “Tudo o que desejares que os homens vos façam, fazei-o vós primeiro a eles”.
Ora todos queremos, para nós próprios, coisas boas. Pois façamos para os outros coisas que sejam boas. Todos querem ser amados. Pois esqueçamos o ódio, a mágoa, o rancor. Amemos primeiro os outros, que são nossos irmãos nesta Criação. Todos queremos o bem. Pois façamos primeiro, para os outros, o bem. Todos queremos a paz. Pois sejamos apóstolos da paz. Gostamos da gratidão de nossos filhos de nossos amigos, das pessoas. Pois sejamos gratos por nossos filhos, nossos amigos. Saibamos ser gratos às pessoas que nos rodeiam. Todos apreciam um afago, um carinho, um abraço, um sorriso. Pois vamos, primeiro, ser ternos, afáveis, distribuir os braços a todos que precisam de abraços. Não sejamos amargos. Sejamos os primeiros a sorrir para os outros, para a vida. Muitas e muitas vezes precisamos de um ombro amigo. Pois estejam os nossos ombros sempre livres para quem quiser repousar sobre eles as suas angústias, as suas aflições.
Lembrem-se : fomos feitos para viver no amor, sem ódios, sem guerras, sem conflitos, sem inveja. Fomos moldados para a harmonia, o equilíbrio, a paz. Vivamos pois, assim com os nossos próximos mais próximos, a nossa família, o nosso vizinho, os nossos amigos, a comunidade, com todas as pessoas, com a natureza, com a água, o mar, os céus, o mundo que nos rodeia, porque, como nós, foram os seres e elementos concebidos como obra de uma só Criação.
Não importa a fé que você professa, a religião que você tem, busquemos todos a felicidade. Afinal, quem somos nós para julgar? É o próprio Mestre quem recomenda.: “Não julgueis e não sereis julgados, porque com a mesma medida que porventura julgares sereis vós também julgados”.
Vejam a beleza destes pensamentos extraídos do livro “A arte da felicidade” de Howard C. Cutler, Médico Psiquiatra e de Tenzin Gyatso, o Dalai Lama : “Acredito que o objetivo de nossa vida seja a busca da felicidade. Quer se acredite em religião ou não, quer se acredite nesta ou naquela religião, todos nós buscamos algo melhor na vida. Portanto acho que a motivação de nossa vida é a felicidade”.
Quando você mantém um sentimento de compaixão, bondade e amor, algo abre automaticamente sua porta interna. Com isso, você pode se comunicar mais facilmente com as outras pessoas. E isto cria uma espécie de abertura. Você descobre que todos os seres humanos são exatamente iguais a você e tudo fica mais fácil para se relacionar com eles.
Você acredita nestas coisas? Pois eu acredito! Sabe aqueles momentos em que você está triste? Isto acontece pela saudade que você tem daquela matriz, daquela sementinha imagem de Deus que está plantada em você e, por algum motivo, você esqueceu ou não encontrou. Sabe aqueles momentos de angústia, de dúvida? São saudades desta sementinha. Saudades do Deus que habita em você.
Somos um templo. Um templo que abriga o Criador. Deus está em nós... e se faz! Basta que estejamos abertos a isto. Basta que queiramos.

3 comentários:

  1. Caminha, maravilhoso texto sobre a presença de Deus em nós.
    Concordo plenamente com o seu pensamento.
    Parabéns!
    Meu carinho,
    Marise Ribeiro

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  2. Belíssimo texto! Que maravilhoso é o poder de Deus em nossas vidas, que imenso poder de transformação!
    Obrigada pelas visita em meu blogue!

    Abraços

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  3. É incrível como as pessoas se afastam de Deus, esquecem dos irmãos, e deixam que a "fome mate" simplesmente por falta de amor entre os humanos. Suas crônicas são pertinentes ao nosso cotidiano envaidecido, nosso sentimento de "poder" maior que tudo, até mesmo deixando que a fé se apague e por isso mesmo impeça a transformação tão necessária em nós, através das palavras de Deus.
    Voc~e é super em suas crônicas. Parabéns. Continue acendendo velas de amor, fé e esperança no coração das pessoas que ainda buscam Deus, mas não sabem onde encontrá-Lo.
    Um forte abraço meu amigo.

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Que Deus o abençoe!