caminha, caminhando, poetando, vivendo como Deus me permite viver. É assim que vou. É desse jeito que sou. E aqui vão: notícias mensagens, poesias, crônicas, artigos, enfim, tudo que gosto e sou, parte dos caminhos que este caminhante procura seguir. Apenas isto!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

poema

Vai aí minha homenagem à todas as mães. Este ser tão singular que, ao se fazer homem em Jesus Cristo, Deus quis ter uma.

M A M Ã E
Luiz Eduardo Caminha


Suave, aos poucos, a música tomava o ar lentamente,
Da luz, as centelhas, enchiam de magia, o ambiente,
Trazido por anjos, um arco-íris depunha, qual tesouro, o berço iluminado,
Envolta em alvas roupas, trombetas a anunciar, ela nascia.

De tudo tomou conta, o silêncio,
Dos grilos e cigarras, o cantar,
Dos pássaros, o chilreio, das cascatas, o espolcar.
Até das matas, o barulho se fez calar.

Do berço, as mãos de Deus a tomaram (pequeno ser),
Anjos, potestades, querubins se prostraram,
À gentil palmada, um choro, rasgou aquele mágico instante.
Uma voz, tonitroante, sacudiu todas as estruturas.

Nascestes, oh! Criança! Fruto da semente plantada ao ventre,
Broto da rama, angelical expressão do Amor.
És a lúcida imagem da mulher que te gerou, há de te ver crescer,
És o prêmio, troféu de alegrias, glórias e dores,
Daquela que, por ti, se fez mãe.

Agora, és adulto indócil, irrequieto,
Seguistes tua vida,
Depois que a segurança, da barra de sua saia,
Se tornara, para ti, um estorvo.

Em ti, porém, uma semente divina foi plantada,
Semente da árvore da doce saudade,
Do querer insistente daqueles dias,
Do tempo em que todo o seu tempo, seu vigor, ela dispensava,
Guardiã majestosa do teu crescer.

Em ti, esta semente,
Gerará a árvore da lembrança,
Do querer sempre latente,
De voltar a ser criança.

Nem que seja para desfrutar momentos,
Por ti curtidos, ou sequer vividos,
Instantes inocentes, alegres, joviais,
Sonhos, devaneios, da infância revivida.

Hiatos, em que tu chegavas,
Sem que se ouvisse o ladrar dos cães,
E lá estava ela, sorridente, cálida,
Pronta prá te permitir balbuciar: mamãe!!!

Floripa, Ratones, 03.05.2009

11 comentários:

  1. Um poema belo e profundo. Abraço.

    José Lucas de Barros/RN

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  2. Caminha
    Lindo ,maravilhoso.Obrigada por mim pelo que me toca de mae.Bj.
    Cecilia

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  3. Amigo, Obrigado por este belo poema. Tocou coração de mamãe aos 86.
    sergio olinger, bnu

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  4. A inspiração não é coisa que se aprende, é algo que vem de dentro. E quanto mais de dentro, mais consistência e beleza. Parabéns pela profundeza alcançada no poema "Mamãe". Um abraço.

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  5. Parabéns Caminha e um grande obrigado das mães que me cercam e voam ao meu redor, a espôsa e filhas.
    Regis Feldmann/RS.

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  6. Numa data tão (in)significativa, massacrada pela mídia, leia-se comércio, palavras que são verdadeiro presente. Lembro tua Seluta, Encontro Portal Cen, sorrindo, trabalhando, atendendo a todos com graça e carinho, do teu lado, imagino agora.Também tua mãe, com a boca atrás das orelhas estará, certamente. AMEI - DEGUSTEI SABOREANDO CRÔNICAS. Saudades da Terra Natal querida, Floripa, que com certeza frequentas mais do que eu.

    Abraços, beijos, saúde, paz e bem! Que Deus e Nossa Senhora continuem te abençoando, pois és luz no Caminh(o)a(r) de quem tem a felicidade de te conhecer e provar teus escritos, quiçá privar de tua amizade - e de Seluta.

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  7. Apreciei seu poema, parabéns.

    Maura

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  8. voce é f..., meu querido......
    um grande e emocionado beijo
    de quem sofre de saudade de sua abençoada
    mãe
    arthur

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  9. Bonito,parabens

    Rubens Heusi

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  10. Parabéns !!!!!
    "Tais" cada vez melhor.

    Abração

    Carminha

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  11. Olá Luiz Eduardo, somente hoje eu pude vir ler teu poema dedicado a "mamãe". Lindo, dedicatória que encanta, que exalta...
    Parabéns.
    com carinho
    Sueli

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Que Deus o abençoe!