caminha, caminhando, poetando, vivendo como Deus me permite viver. É assim que vou. É desse jeito que sou. E aqui vão: notícias mensagens, poesias, crônicas, artigos, enfim, tudo que gosto e sou, parte dos caminhos que este caminhante procura seguir. Apenas isto!

domingo, 21 de junho de 2009

Outono, folhas...esperanças

Amigos,

Vai aí, mais um de meus poemas. Espero que apreciem.

Fim de Outono, começo de inverno, folhas que caem, vida que hiberna. Nós, como as folhas, de passagem... O frio convida o aconchego.

Grande Abraço,

Que Deus os abençoe,

Caminha


Folhas de Outono

São como esperanças,
As Folhas de Outono.

Voam sem saber prá onde
O vento as leva.
Caem porque – urge que caiam!
Donde saíram,
Um broto nascerá.

São folhas, só folhas.
No solo, um tapete – nada mais!
Os pés que as pisam,
Errantes, apenas passam,
Que destino tomarão?

São como o futuro,
Os caminhos pisados,
Nas folhas de outono.
Incertos, imprecisos,
Calçadas de descalços.

Homens cruzam os caminhos,
Pés pisam as folhas,
A vida vai passando
Os passos se vão indo,
Rumo ao amanhã.

Assim mesmo,
Tão certo,
Como uma nova estação,
Como o inverno que virá!
Outono é caminho... de passagem!!!


Luiz Eduardo Caminha

Amor, Paz e Bem, que não custa nada a ninguém!

Floripa, Ratones, 03.05.2009

3 comentários:

  1. As folhas que caem não são ixo. Nem inúteis.
    Caem no solo. Secam. Pela ação do intemperismo cortam e se recortam. Até ficarem pedacinhos que sofrem a ação dos fungos e das bactérias. Finalmente, viram minerais e sais. Isto é, devolvem para o meio ambiente a matéria que a planta retirou em vida do solo. Como o planeta é finito e seus recursos todos são finitos urge que a Natureza faça a reciclagem de material através da putrefação de todo cadáver de ser vivo. Isso também acontecerá conosco. Teremos de devolver para o solo aquilo que tomamos emprestado em vida através da nutrição. Desta forma, aprendemos que o nosso corpo não é nosso. É da mãe Terra. É de Gaia. Com a morte seremos reincorporados ao grande caudal da vida para que outros possam continuar vivendo.
    Portanto, estas folhas que o outono leva são adubo. É uma devolução que a Natureza exige. É assim desde que o mundo é mundo.
    Mesmo sem conhecer nada de Biologia, os profetas bíblicos já sabiam disso : "és pó e ao pó retornarás".
    Abraço fraterno

    James Pizarro

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  2. Caro Caminha:

    As folhas de outono caem e abrem passagem à nova estação que chegará...o inverno como o futuro, quem sabe como será? Mas são prenúncios de esperanças, nos passos incertos das pessoas, que o tempo, apenas o tempo mostrará.
    Como as folhas que caem, sem rumo nem lugar, assim ficamos nós, em nosso canto a meditar.
    É tempo de silêncio, de buscas, de certezas, pois assim como nascerão novas folhas em novas estações, nós também abrigaremos novos sentimentos em nossos corações.
    A passagem para o inverno foi aberta...mas a primavera também chegará.

    Muito bonito o seu poema.

    um abraço

    Márcia

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  3. Adorei o poema.. lindas palavras.. pertinente.. um paralelo com nossas vidas.. muito sábio..

    Comentando algo que vi no teu blog pessoal, sobre "tocar violão, mal e mal".. deixo aqui minha indignação com a modéstia..

    Sua voz cantando "Quào grande és tu" e tocando maravilhosamente bem o vilão para acompanhar, é inesquecível... algo que marcou para sempre em nossas memórias.. falando nisso, poderiamos combinar de ir p/ aí um dia e relembrarmos os velhos tempos de cantoria... só faltaria o Lú..

    beijo no coração

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Que Deus o abençoe!