Amigos,
Vai aí, mais um de meus poemas. Espero que apreciem.
Fim de Outono, começo de inverno, folhas que caem, vida que hiberna. Nós, como as folhas, de passagem... O frio convida o aconchego.
Grande Abraço,
Que Deus os abençoe,
Caminha
Folhas de Outono
São como esperanças,
As Folhas de Outono.
Voam sem saber prá onde
O vento as leva.
Caem porque – urge que caiam!
Donde saíram,
Um broto nascerá.
São folhas, só folhas.
No solo, um tapete – nada mais!
Os pés que as pisam,
Errantes, apenas passam,
Que destino tomarão?
São como o futuro,
Os caminhos pisados,
Nas folhas de outono.
Incertos, imprecisos,
Calçadas de descalços.
Homens cruzam os caminhos,
Pés pisam as folhas,
A vida vai passando
Os passos se vão indo,
Rumo ao amanhã.
Assim mesmo,
Tão certo,
Como uma nova estação,
Como o inverno que virá!
Outono é caminho... de passagem!!!
Luiz Eduardo Caminha
Amor, Paz e Bem, que não custa nada a ninguém!
Floripa, Ratones, 03.05.2009
caminha, caminhando, poetando, vivendo como Deus me permite viver. É assim que vou. É desse jeito que sou. E aqui vão: notícias mensagens, poesias, crônicas, artigos, enfim, tudo que gosto e sou, parte dos caminhos que este caminhante procura seguir. Apenas isto!
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As folhas que caem não são ixo. Nem inúteis.
ResponderExcluirCaem no solo. Secam. Pela ação do intemperismo cortam e se recortam. Até ficarem pedacinhos que sofrem a ação dos fungos e das bactérias. Finalmente, viram minerais e sais. Isto é, devolvem para o meio ambiente a matéria que a planta retirou em vida do solo. Como o planeta é finito e seus recursos todos são finitos urge que a Natureza faça a reciclagem de material através da putrefação de todo cadáver de ser vivo. Isso também acontecerá conosco. Teremos de devolver para o solo aquilo que tomamos emprestado em vida através da nutrição. Desta forma, aprendemos que o nosso corpo não é nosso. É da mãe Terra. É de Gaia. Com a morte seremos reincorporados ao grande caudal da vida para que outros possam continuar vivendo.
Portanto, estas folhas que o outono leva são adubo. É uma devolução que a Natureza exige. É assim desde que o mundo é mundo.
Mesmo sem conhecer nada de Biologia, os profetas bíblicos já sabiam disso : "és pó e ao pó retornarás".
Abraço fraterno
James Pizarro
Caro Caminha:
ResponderExcluirAs folhas de outono caem e abrem passagem à nova estação que chegará...o inverno como o futuro, quem sabe como será? Mas são prenúncios de esperanças, nos passos incertos das pessoas, que o tempo, apenas o tempo mostrará.
Como as folhas que caem, sem rumo nem lugar, assim ficamos nós, em nosso canto a meditar.
É tempo de silêncio, de buscas, de certezas, pois assim como nascerão novas folhas em novas estações, nós também abrigaremos novos sentimentos em nossos corações.
A passagem para o inverno foi aberta...mas a primavera também chegará.
Muito bonito o seu poema.
um abraço
Márcia
Adorei o poema.. lindas palavras.. pertinente.. um paralelo com nossas vidas.. muito sábio..
ResponderExcluirComentando algo que vi no teu blog pessoal, sobre "tocar violão, mal e mal".. deixo aqui minha indignação com a modéstia..
Sua voz cantando "Quào grande és tu" e tocando maravilhosamente bem o vilão para acompanhar, é inesquecível... algo que marcou para sempre em nossas memórias.. falando nisso, poderiamos combinar de ir p/ aí um dia e relembrarmos os velhos tempos de cantoria... só faltaria o Lú..
beijo no coração